O CONHECIMENTO TRANSCENDENTE!
Parte do meu novo E-BOOK Espírito o viver!
O princípio fundamental do saber transcendente estabelece que a grande experiência cósmica
do conhecimento desce do supremo ao humano e
ascende do humano ao supremo. No dilatado espaço
que medeia entre ambas as posições expande-se a
Criação, onde palpita a vida universal, onde se promovem todos os processos da natureza e onde alenta
permanentemente o Pensamento de Deus.
Todo o plasmado nessa maravilhosa Ciência
Universal contida na Grande Mente Cósmica teve
uma finalidade suprema: a de ser conhecida por
todos os seres criados com inteligência suficiente
para compreendê-la, na infinita diversidade de
suas partes, mediante o processo de evolução
consciente que haveriam de realizar. Quer isto
dizer que a Sabedoria de Deus está plasmada na
Criação, enquanto que a do homem consiste em
conhecê-la e servir-se dela para superar as etapas
evolutivas do seu género.
O conhecimento transcendente desce, pois, das
alturas incomensuráveis do cosmo até o homem,
que há de ir conhecendo o Pensamento de Deus
em cada uma das manifestações que a Criação
apresenta à sua inteligência. No avanço para essa
meta, ele irá percorrendo primeiro os vales que
se abrem à sua passagem; ascenderá depois pelas
partes menos escabrosas, menos íngremes, até
escalar, um a um, cada vez com maior segurança
e equilíbrio, os grandes cumes do conhecimento.
Enquanto os conhecimentos transcendentes
regulam as forças que colaboram na ação dos pensamentos e dos sentimentos, engrandecendo as
almas e permitindo que se destaquem os traços do
coração e se manifestem as luzes da inteligência,
os demais, os comuns, os que não são transcendentes, se ajustam às limitações da mente humana,
sendo necessários para atender à subsistência e
contribuir para os descobrimentos que melhoram
essa mesma subsistência.
Na maioria dos casos, o homem pensa e sente
com limitações, resignado a uma vida indiferenciada por efeito de hábitos e costumes; mas pode,
se a isso se propõe, e superando essas limitações,
abarcar zonas de insuspeitada amplidão, porque se
haverá identificado com a vida universal, da qual
é parte.
Por que busca ele o conhecimento, senão por
intuir que é um meio para encontrar a felicidade?
Porque pressente, é indubitável, que são promissoras as perspectivas que se lhe abrem quando,
decidido a saltar o cerco que reduz os horizontes
de sua vida, consegue transfundir-se em outros
planos, nos quais os pensamentos tomam novas
formas, oferecem maior riqueza a seu entendimento e lhe permitem elevar-se, convidando-o
permanentemente a avançar. Ali, nessas regiões
que o espírito percorre com plena consciência, o
homem sente o poder do conhecimento, e é tal a
sensação de grandeza que o invade, que a própria
vida pareceria transformar-se, adquirindo inesperada transparência.
Sendo a vida física uma pequena etapa da
existência do homem ao longo das épocas, é
lógico que ele aspire a cobrir essas etapas com
êxito, demonstrando o que pode conquistar nelas
quando seu pensamento se une, ainda que em
parte, aos princípios eternos que emanam dos
alvores da Criação. Percebe, então, que surge de
suas próprias entranhas a força que haverá de
imortalizá-lo, pois está vivendo o eterno dentro
de si mesmo, o palpitar da vida universal; em
outros termos, eleva sua vida e a transforma numa
potência capaz de iluminar a vida de outros seres
que vivem, como ele viveu, só o presente, desinteressados do futuro e indiferentes ao que significa
sua condição de humanos.
Não duvidemos: o homem busca o conhecimento por exigência de necessidades de sua
própria natureza, que o impulsionam em sua
busca para alcançar cumes mais altos, de onde
lhe seja possível contemplar com clareza os
infinitos matizes da Criação; busca-o porque
o conhecimento é o grande agente criador das
possibilidades que ampliam as prerrogativas de
sua existência; busca-o porque é vida nova que
se enxerta na sua, vida que o espírito respira,
encontrando no conhecimento o caminho de sua
liberação. Busca-o, em suma, porque é o meio
pelo qual chega a compreender sua missão e a
sentir, em sua vida, a presença desse ser imaterial
que responde ao influxo da eterna Consciência
Universal e é, ao longo dos tempos, portador da
existência individual.